terça-feira, 31 de julho de 2012

Desailly

A médio defensivo ou a defesa central, Marcel Desailly era uma rocha e um dos jogadores mais difíceis de ultrapassar que já vi. Nascido no Gana, Desailly foi adotado por um diplomata francês e começou a carreira no Nantes em 1986. Ficou até 1992 convivendo com estrelas do futebol francês como Loko, Oudéc, Pedros, Le Guen ou Deschamps. Em 1992/1993 jogou pelo Marselha de Voller, Stojkovic, Pelé e Boli, vencendo a Liga dos Campeões ante do Milan e dando nas vistas. No ano seguinte mudou-se para San Siro onde teve cinco anos de glória. Antes de terminar no Catar, teve seis anos no Chelsea de grande qualidade, ajudando Terry a crescer. Pelo França, fez mais de 100 jogos e foi campeão do mundo em 1998 e da europa em 2000.

@ F.

Chapuisat


Stéphane Chapuisat é o melhor jogador suíço da década de 1990, e como essa foi a melhor década do futebol suíço Chapuisat será o melhor jogador de sempre do seu país e um símbolo do Mundial de 1994 nos EUA. Natural de Lausanne, começou e terminou a carreira no Lausanne Sports, onde realizou um total de 136 jogos marcando um total de 52 golos. Pelo meio teve uma passagem rápida pelo FC Bayer 05 Uerdingen, um clube mediano alemão da década de 1990, antes de dar o salto para oito épocas de sonho pelo Borussia Dortmund, tendo depois regressado à Suíça para alinhar pelo Grasshoppers, Young Boys Bern e por fim no já citado Lausanne Sports. Avançado móvel, com sentido de entrega ao jogo e com os olhos sempre postos na baliza. Símbolo da minha meninice.

|| J.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Larsson

Henrik Larsson é uma lenda do futebol. Em 631 jogos oficiais, marcou 362. Larsson soube sempre reiventar-se, levando o seu tempo a contruir uma carreira de imenso sucesso. Deixou em 1993 o seu Helsingborgs para se mudar para o Feyennord. Lá ficou quatro época. Mas a etapa seguinte (1997 a 2004) foram os seus anos de ouro. Com a camisola 7 do Celtic tornou-se num deus marcando 174 golos em 221 partidas. Já não se esperava muito do trintão Larsson mas este mudou-se para a Catalunha. No Barça conviveu com Eto´o, Ronaldinho, Messi ou Deco e fez 38 golos. Com 34 anos regressou à Suécia mas teria ainda um ano de glória. Foi emprestado ao United pelo qual fez, ainda, 28 golos.

@ F.

Faustino Asprilla

Este senhor fazia parte do melhor Parma de sempre, na década de 1990, com Buffon, Tacchinardi, Cannavaro, Thuram, Crespo, entre outros. Sempre o apreciei, provavelmente por causa do exotismo do nome e porque me deliciava a ver a Copa América em direto na TVI (creio). Entre 1992 e 1995, La Gacela Negra teve o apogeu da sua carreira, tendo ficado em 6º lugar em 1993, na corrida a melhor jogador do mundo. Rápido e desequilibrador, um avançado que passou pelo Newcastle e deixou espaço na memória para Demba Ba e Papisse Cissé.

|| J.

Anúncios Nike


Vendo o fantástico novo vídeo da Nike para os JO, lembrei-me imediatamente de mais dois anúncios míticos da marca americana que marcaram os anos das Memórias Redondas.

Qualquer fanático se lembra de um jogo de futebol de demónios contra as maiores estrelas da época. Figo,Rui Costa, Ronaldo, Kluivert e claro, Cantona.

Pouco depois apareceu este. O escrete a espalhar magia num aeroporto.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Angloma

É francês, notabilizou-se no Valência e foi dos primeiros grandes laterais modernos. É "pai" de Sagnol, Thuram e Sagna. Começou a joga na sua ilha natal de Guadalupe e mudou-e para França onde defendeu as cores de Renne, Lille,PSG e Marselha. Jogou três anos em Itália e em 1997 aterrou em Valência onde mais se destacou.

@ F.

Álvaro Recoba


Mais um jogador que poderia ter sido memorável se não tivesse sido atormentado por lesões. Aos 16 Recoba era o miúdo maravilha do futebol uruguaio. Aos 17 era o melhor jogador do seu campeonato, brilhando pelo Danubio e depois pelo Nacional de Montevideu. El Chino emigrou para Itália para envergar a maglia nerazzurra por mais de 200 vezes, marcando golos notáveis, alguns ainda guardo na memória, nomeadamente do meio-campo em balão. Canhoto de técnica impressionante, apontava para ser o novo Maradona. Não teve saúde para chegar lá. Hoje, com 36 anos, alinha novamente no Nacional depois de ter alinhado pelo Danubio, fazendo o mesmo percurso 20 anos depois.

|| J.

Kanu

É um dos meuss jogadores favoritos de todos os tempos. Alto e aparentemente desajeitado, Kanu, avançado nigeriano mostrou sempre grande fibra, sendo até operado ao coração antes de continuar a ser  um goleador de primeira. Aos 35 anos anda perdido no Portsmouth onde chegou há seis anos quando era um clube novo rico. Para trás fica uma bela carreira. Como outros talentos exóticos, revelou-se no Ajax, onde venceu a Liga dos Campeões e conviveu com a constelação de estrelas que contava com nomes como Van der Sar, irmãos De Boer, Blind, Davids,Seedorf, Babangida,Finidi ou Kluivert. Seguiram-se dois anos e meio apagados no Inter. Já com o coração forte, mudou-se para o Arsenal onde Wenger o levou à sua melhor fase. Foram cinco anos e meio de golos e glória.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Yeboah

Conheci o futebol inglês quando começaram a dar resumos na RTP 2. Nessa altura (lá para 1994 ou 1995) brilhava o ganês Tony Yeboah com o jeito que viria a apreciar em Weah, Drogba ou Adebayor. Eram os tempos em que jogava no Leeds e marcava grandes golos. Antes e depois jogou na Bundesliga mas lembrou-me pelas arrancadas na Premier.

@ F.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Fernando Redondo


Na sequência dos grandes trincos da história, não poderia esquecer um dos exponentes máximos da família merengue. Natural de uma família de classe média, Redondo não cresceu de pé no chão mas antes na madeira do futebol de salão. Essa formação terá sido importante para a sua capacidade de ler o jogo e atuar como box-to-box com uma classe única. Apesar da passagem bem sucedidas pelo Tenerife, foi no Real Madrid que deixou a sua marca. Foram seis épocas que pareceram e valeram por vinte. Notável.

||J.

Inzaghi

SuperPippo terminou a carreira e já pode entrar neste blogue. Um dos mais mortais avançados das últimas décadas arruma as botas para se tornar treinador nas camadas jovens do Milan. Inzaghi sabia sempre onde a bola ia cair e estava lá  sempre. Era uma avançado que jogava sempre com grande classe, pose de príncipe mas com enorme garra. Pippo estrou-se pelo Piacenza, andou pelo Parma e Hellas Verona mas foi em Bérgamo, com a maglia da Atalanta que deu nas vistas marcando 24 golos em 33 partidas. A Juventus resgatou-o e Pippo passou quatro anos gloriosos em Turim, marcando 57 vezes e fazendo dupla com Del Piero. Em 2001 mudou-se para o Milan e ajudou a construir uma grande equipa que contava com Shevchenko, Rui Costa, Seedorf, Gattuso e muitos outros. Fez mais de 200 jogos e marcou por 73 vezes. Pela seleção foi campeão do mundo em 2006 e, em 57 internacionalizações, fez 25 golos.

@ F.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Edgar Davids


Se Tacchinardi era um senhor, Davids foi um artista, fazendo da posição uma arte. Mais um símbolo do Ajax, Davids envergou também com distinção a maglia juventina e spur. Tecnicamente evoluído, com um sentido tático apurado e um poder de drible notável, Davids foi paradigma do futebol holandês. Conhecido por pitbull, foi responsável por o renascimento do Barcelona em 2004. Lembro-me de em miúdo correr "Seca e Meca" à procura de um golos laranja por causa dele.

|| J.

domingo, 22 de julho de 2012

Rebrov

A par de Weah, Shevchenko é o meu jogador favorito de sempre. Quando apareceu em Kiev, Sheva só funcionava tão bem porque tinha ao lado um companheiro inseparável: Rebrov. Em oito anos no Dinamo de Kiev, Rebrov marcou 93 golos. Shevchenko seguiu para o Milan onde se tornou uma lenda e Rebrov teve uma oferta do Tottenham. Não voltaria a ser o mesmo. Esteve dois anos em Londres, dois na Turquia e mais um em Londres, no West Ham. Nestes cinco anos, apenas marcou 15 golos. Regressou ao seu Dinamo de Kiev para mais três anos e 20 golos. Acabou no Rubin Kazan. Rebrov foi grande e se tivesse ido com Sheva para Milão acredito que teria sido extraordinário. Há duplas que não devem ser separadas.

@ F.

sábado, 21 de julho de 2012

Tacchinardi

 
Extremamente discreto, como o nosso Paulo Sousa, Alessio Tacchinardi foi, anos a fio, o ponto de equilibrio do onze da Juventus. Recuperador de bolas nato, Tachinardi deixava um onze de craques como Conte, Di Livio, Del Piero ou Ravanelli dedicarem-se ao ataque. Ainda jogou no Brescia e Villareal mas são os seus 11 anos na Juve que me marcam a memória.

@ F.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Salas

Só Zamorano impede que Salas seja o melhor avançado chileno de sempre. Marcelo começou a dar nas vistas na Univerdad do Chile, tendo-se mudado para o River Plate em 1996. Dois anos de grande qualidade (24 golos em 53 jogos ) fizeram-no voar para Roma onde fez parte da fantástica equipa de Eriksson com Sérgio Conceição, Verón, Almeyda ou Nedved. Em três anos de glória fez 34 golos em 79 jogos e ajudou os laziale na sua época de ouro. O ouro gasto num plantel de luxo fez com que o clube romano entrasse em crise e Salas foi vendido à Juventus onde não atingiu o mesmo nível. Regressaria ao passado: River Plate e Universid do Chile. Pela seleção, fazendo dupla com Zamorano, jogou o Mundial 1998 e marcou 35 vezes em 71 internacionalizações.

@ F.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Crespo

Hernan Crespo foi um dos melhores avançados dos últimos 20 anos. Deixou o Parma no ano no ano passado, clube onde se estreou na Europa e onde jogou um total de cinco anos e meio. Vai agora para a liga indiana mas, aos 37 anos, já é possível fazer um balanço da sua carreira.
Começou em 1993 no River Plate onde encontrou estrelas como Gallardo, Ayala, Ortega ou Francescoli. A veia goleadora valeu-lhe o bilhete para a então milionária liga italiana. De 1996 a 2000 jogou pelo Parma numa fantástica equipa que contava com Buffon, Cannavaro,Véron, Chiesa ou Asprilla. Foram mais de 60 golos em 116 partidas.
Depois a milionária Lázio perdeu a cabeça por ele e gastou 50 milhões para o juntar a Salas no ataque. Foi campeão e o melhor marcador da Série A. Seria vendido ao Inter dois anos depois, chegando a um clube com ainda maior prestigio. No ano seguinte, mais uma transferência milionária: mudou-se para o Chelsea mas não vingou. Esteve emprestado a Milan e Inter antes de regressar definitivamente ao Inter. Andou pelo Génova e regressou ao Parma onde esteve no último ano e meio. Pela seleção, jogou 65 vezes e marcou 35 golos.
Os seus anos de ouro foram ao serviço do Parma, na estreia na Europa, e as duas épocas na Lazio. Teve sempre a garra argentina mas ganhou a subtileza italiana.

@ F.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mantorras

Tornou-se quase numa piada. Na mascote do clube mas, antes das lesões, Mantorras prometia ser um dos melhores do mundo. Tinha tudo para ser o novo Ronaldo. Menos sorte.

@ F.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Nomes estranhos


Sempre me fascinaram os nomes longos e estranhos dos jogadores da bola. Hoje gosto do Van Wolfswinkel, os manos Aubameyang, os manos  Berezeutsky ou  defesa do PAOK, Kostas Triantafyllopoulos.
Nos tempos das memórias lembro-me de Andrés Guglielminpietro, um interessante médio argentino que andou pelo Milan e Inter com o nome Guly na camisola e, ainda de Eric Rabésandratana, um francês com origens em Madagáscar que jogou no PSG. Com treino já se conseguia pronunciar o nome de Vladimir Beschasntnykh, avançado russo que teve uma carreira discreta com passagens por Spartak de Moscovo e Racing Santander entre outros. Florin Valeriu Răducioiu que andou por Milan, Espanhol ou West Ham é outro caso de nome de difícil pronunciação.
Sugestões?

@ F.

O Ronaldo


Sem retirar mérito ao nosso CR7 tenho de assumir que there is only one Ronaldo. R9 era um jogador completo, imparável, fabuloso, explosivo, letal, e tantas outras coisas. Hoje há um fabulação em torno de Messi, um genial jogador, mas jamais capaz de ser o melhor de sempre. R9, mesmo só tendo jogado, verdadeiramente, um punhado de anos, foi amplamente superior. Mesmo Zidane, que foi um génio absoluto, só ganhou os prémios que ganhou porque não tinha a concorrência de Rô, e isso é dizer tudo.

|| J.

Marco Van Basten


Um dos melhores avançados da história do futebol e símbolo da década de 1980 e 1990 do futebol holandês, do Ajax e do AC Milan. Van Basten era daqueles jogadores que sabia que a bola, em campo, só tinha uma finalidade real: entrar na baliza; Van Basten, então, dava-lhe o seguimento necessário para que assim fosse. Em 172 jogos com a camisola do Ajax apontou 152 golos, e com a maglia rossonera apontou 122 em 195 jogos. A fragilidade levou-o a abandonar o futebol com precoces 31 anos, vítima da violência dos defesas contrários.


|| J.

Ronaldo Luís Nazário de Lima

O colega de caderneta há-de gostar pouco deste cromo mas fica, desde já convidado, a escrever de sua justiça sobre um dos melhores jogadores de sempre. Nunca me esquecerei daquele golo em Compostela, passando por meia equipa adversária ou aquela finta na final da Taça UEFA ante da Lázio.
Ronaldo, hoje com 35 anos, teve os últimos anos marcados por múltiplas lesões e só isso impediu que colecionasse mais bolas de ouro. Ainda adolescente começou a jogar pelo Cruzeiro merecendo a chamada para o Mundial dos EUA, onde se sagrou campeão do mundo pela primeira vez, ainda que não tenha jogado.
Depois do Mundial mudou-se para o PSV onde continuou a mostrar um potencial enorme marcando 54 golos em 59 jogos. Nilis, Zenden, Stam, Bouma ou os "portugueses" Van der Gaag e Valckx conviveram de perto com o génio brasileiro que em 1996/1997 se mudou para o Barcelona de Bobby Robson e Mourinho para jogar ao lado de lendas como Guardiola, Figo ou De la Pena. Venceu a Taça das Taças e a Taça do Rei e num só ano que passou em Camp Nou marcou 47 vezes em 49 aparições. Em Barcelona, o futebol de Ronaldo atingiu o pico. O jovem de cabelo rapado arrancava e ninguém lhe tirava a bola. Foi o mais explosivo que conheci e, acredito que, se tivesse ficado em Barcelona, teria sido o melhor de sempre. Mas não. Mudou-se para o Inter.
Para aguentar o choque do futebol italiano foi submetido a tratamentos para engordar. Os joelhos não estavam preparados para o peso e Ronaldo não voltou a ser o mesmo. Pelo clube de Milão nunca foi campeão mas em 99 partidas marcou 59 vezes.
Regressou a Espanha, sempre apelidado de gordo. Mais lento e pouco móvel, manteve o instinto goleador e marcou 104 vezes em 177 jogos ao lado de Raul e Figo. A forma física fez com que andasse no Milan (20 jogos e 9 golos) e dois anos no Timão, marcando 35 vezes.
Pela seleção, foi infeliz em 1998. Graças à sua dupla com Romário levou o Brasil à final mas perdeu com a França. Uma súbita e mal explicada doença fez com que o astro jogasse limitado. Quatro anos depois foi figura suprema dos campeões do mundo.
Fica para a história pelas três bolas de ouro e muitos golos mas também fica a sensação de que poderia ter sido ainda melhor.

@ F.

Effenberg

Stefan Effenberg, alemão de 43 anos, deixou para trás uma bela carreira, em especial ao serviço de Bayern de Munique. Mas, era um bad boy, um Balotelli dos anos 80 e 90. Sem o se péssimo feitio teria sido ainda melhor.
Effenberg, nascido em Hamburgo, começou a brilhar nos anos 80 no mítico Borussia Mönchengladbach onde encontrou Bierhoff. Em 1991/1992 jogou no Bayern de Munique, onde fez uma fantástica época com 65 jogos e 19 golos. No verão seguinte, mudou-se para a Fiorentina onde jogou dois anos ao lado de Batistuta (56 jogos, 12 golos).
Regressou ao Borussia onde jogou mais quatro épocas ajudando o clube regressar à primeira divisão. Foi na segunda passagem pelo Bayern entre 1998 e 2002, que Effenberg, médio refinado, ainda que conhecido como Alemão Gordo, venceu 7 títulos e só não foram 8 porque perdeu, nos últimos segundos, a final da Champions ante do United em Camp Nou. Ao seu lado tinha craques como Élber, School, Jeremies, Lizarazu, Sagnol ou Kahn. Ainda jogou um ano no Wolfsburgo e um no Catar, antes de se retirar aos 36 anos.
Na seleção alemã, o seu mau feitio fez-se sentir, sendo afastado do plantel no Mundial 94 após ter jogado as três primeiras partidas. Fez 35 jogos e marcou 5 golos.

@ F.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

César Prates

César Prates nunca foi um génio mas era dos meus jogadores favoritos nos anos em que o Sporting era uma equipa fortíssima. Lá fora via Zé Maria (Parma) e principalmente Cafú (Roma e depois Milan) como laterais extremamente ofensivos mas, ao vivo, vi, pela primeira vez César Prates e logo a defender as minhas cores. Bom a defender, era no ataque, com subidas vertiginosas e cruzamentos perfeitos que se destacava. Esteve cá quatro anos e, para além da qualidade, também a boa disposição deixou saudades.

@ F.

Savicevic


No mítico Milan dos anos 90, destacavam-se muitos nomes mas, a quem chamavam Il Genio era Dejan Savicevic. Depois de muito brilhar no Estrela Vermelha, numa equipa que tinha Pancev (Inter), Prosinecki (Real Madrid e Barcelona), Jugovic (Lazio, Juventus, Atlético de Madrid e Inter) ou Mihajlovic (Lázio e Inter), chegou a Milão.
Em seis anos ganhou tudo e conquistou o mundo do futebol. Em seis anos de grande classe, fez 90 partidas e marcou 29 golos, incluíndo um ao Barcelona na final da Champions.

@ F.

Luis Enrique Martinez Garcia

Luis Enrique não foi um génio mas pela classe e garra, tornou-se num dos meus jogadores favoritos. Começou no clube da sua terra, o Sporting Gijon mas foi no Real que deu nas vistas. Após cinco anos no Bernabéu trocou de clube e foi para o eterno rival. Foi em Barcelona que mais me apaixonou o seu futebol de fúria espanhola. Foram oito anos de glória, ao lado de inúmeras estrelas, onde, com a camisola blaugrana fez 207 partidas e 73 golos.

@ F.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Jari Litmanen


O melhor jogador da história da Finlândia, superando o seu próprio pai. A tal feito junta-se o facto de ser o jogador com a carreira mais longa, a par de Túlio Maravilha, jogando em quatro décadas diferentes. Atualmente alinha no HJK Helsinki, clube do seu país. Aos 41 anos Litmanen apresenta uma longevidade fora do normal, particularmente depois de anos de sucessos particularmente no Ajax, mas também no Barcelona e Liverpool. Um criativo que veio do frio para aquecer os palcos do futebol europeu. Mais um jogador que me marca pela sua passagem pelo Ajax.

|| J.

Brian Laudrup


Da minha parte sempre preferi o mais novo da família Laudrup, muito à custa das memórias que tenho da sua passagem pelo glorioso clube holandês, Ajax AFC, um clube pelo qual nutro particular afeto. No Europeu de 1992 fez a vez do irmão e conduziu a inesperada Dinamarca à conquista do troféu máximo de seleções europeias. Tecnicamente muito evoluído e com grande sentido de baliza, foi com grande pompa e circunstância anunciado pelo seu pai quando disse "gostam de Michael? Esperem para ver o outro lá de casa". Terminou a carreira precocemente (31 anos) depois de sucessivas lesões que afetaram uma brilhante carreira, envergando a camisola do Ajax, clube onde o seu irmão havia também terminado a carreira. Fica para a história um símbolo do futebol dinamarquês compondo com o seu irmão Michael e o guarda-redes Peter Schmeichel o top 3 de melhores jogadores da história do seu país. Fica ainda para a memória dos adeptos do extinto Rangers da Escócia como um dos melhores médios da história do clube, jogando ao lado de Paul Gascoigne.


|| J.

Michael Laudrup

Aos 48 anos, Michael Laudrup, melhor jogador dinamarquês de todos os tempos é treinador do Swansea, equipa galesa da Premier. Para trás ficou uma carreira de glória.
No início dos anos 80 deu nas vistas no Brondy e mudou-se para o futebol italiano, então o mais forte da Europa. Na Lázio, emprestado pela Juventus, jogou dois anos, sendo chamado a Turim  onde esteve quatro épocas ao lado de craques como Platini, Rush ou Rui Barros.
Em 1989 aterrou em Barcelona onde teve 5 anos de grande nível, encontrando Zubizarreta, Eusebio, Amor, Stoichkov ou Romário. Foi determinante na ascensão do clube catalão, adormecido após a glória dos anos 60 com Kubala ou Kocsis.
Em 1994, causou celeuma ao mudar-se para o Real Madrid onde esteve duas épocas. Ajudou a uma goleada de 5-0 (tinha feito o contrário no ano anterior) e fez a balança do domínio espanhol pender para Madrid. Ao lado tinha Raul, Zamorano ou Hierro. Passou ainda pelo Vissel Kobe e Ajax antes de se reformar.
Pela seleção, falhou a presença no Euro 92, e o seu irmão liderou a modesta equipa à vitória final. Fica na história pela classe com que tratava a bola, sendo um pequeno Zidane.

@ F.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O meu Sporting

Recordo com saudades o dia em que fiz 17 anos e fui ao Estádio de Alvalade pela primeira vez. O Sporting venceu o Belenenses por 1-0, com golo de Acosta a passe de Vidigal e no fim do ano, tornar-se-ia campeão nacional, após bater o Salgueiros por 0-4 em Vidal Pinheiro.
O Sporting desse ano estava muito bem construído. Na baliza, o monumental Schmeichel. A sua presença levava a equipa para a frente. César Prates e Rui Jorge eram laterais de primeira. Beto e André Cruz, centrais seguros e goleadores. Beto, de cabeça. Cruz, com os seus livres mortais.
No meio, três homens a varrer: Delfim, Duscher e Vidigal. A criatividade começa em Pedro Barbosa que era o extremo direito e o dez. Na esquerda, um Capel: De Franceschi. No ataque, o matador Acosta. Mpenza era a arma secreta.Essa era uma equipa da qual nos podiamos orgulhar.

@ F.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Zamorano

Ivan Zamorano foi um dos avançados mais mortais de sempre. Em 1988 saltou do seu Chile natal para a Suiça. Em 1990 aterrou em Sevilha mas foi quando se mudou para o Real Madrid que começou a lenda. Ivan tornou-se na figura da equipa e do futebol espanhol marcando 77 vezes em 137 jogos. No Inter, ficou com a camisola 1+8 fazendo dupla com Ronaldo e venceu com classe uma Taça UEFA, marcando 27 golos em quatro anos e meio. Antes de arrumar as botas jogou pelo América e Colo Colo. Na seleção, fazendo dupla com Salas, fez 34 golos. Ivan, padinho de Rubio, avançado do Sporting, era o matador que muitos miúdos dos anos 90 queriam ser.

@ F.

Aquele Leeds

A notícia da ida de Alan Smith do Newcastle para o MK Dons fez-me recordar os bons tempos do atacante inglês. E os seus melhores tempos foram em Leeds, na frente de ataque de uma grande equipa que chegou às meias da Champions em 2001. Só o Valência travou os ingleses.
O Leeds do início dos anos 2000 não ficou na memória pelos títulos mas pelo bom futebol praticado.
A baliza de Martyn. Na defesa, as alas eram irlandesas: Kelly e Harte. O centro era do capitão, o sul africano Lucas Radebe e do jovem Rio Ferdinand. Mills e Woodgate eram muitas vezes chamados.
No meio, o norueguês Bakke e o francês Dacourt davam cartas. As alas eram de Bowyer e do australiano Kewell. No ataque brilhavam Viduka, australiano de origem croata, e Smith, então rapaz-maravilha. No banco cabiam ainda estrelas como Robbie Keane ou Wilcox.
O bom futebol, em especial os golos de Viduka, marcaram a minha infância/adolescência.

@ F.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Batistuta


Quando era miúdo, aí pelos meus 12 a 14 anos era conhecido na escola pelo nome deste senhor. Era um privilégio que eu gostava de sustentar. Juntamente como o meu herói português, Rui Costa, Batistuta fez da finalização uma arte e, anos volvidos, continua a Argentina à espera de um goleador da sua natureza. Lembro-me, como se fosse hoje, do golo que marcou à Juventus, a Peruzzi, numa cabeçada impossível. Um momento fantástico. Goleador de raça, atitude, sentido de baliza, cabeceamento potente e remate forte, Batistuta era um ponta-de-lança intemporável que sonhou jogar no Barcelona mas que fez a carreira em Itália, sendo com as cores da Fiorentina que deixou a sua marca - melhor avançado de sempre do clube «viola».


|| J.

Garrincha


A história (ou a forma como nós a construímos) gosta de fazer das suas. Há discurso dicotómico entre Pelé e Maradona sobre o qual se constroem as ideias do "melhor jogador de sempre". Mas no país do Carnaval não há consenso em relação a Pelé, isto porque um senhor que dá pelo nome de Manuel Francisco dos Santos entra na corrida para melhor jogador brasileiro de sempre. Mané Garrinha, como ficou conhecido, é o outro herói da história do desporto-rei no Brasil. O herói das pernas tortas, ficou famoso pelos seus dribles magníficos e pelo prazer de os colocar em campo - Garrinha fintava todos e voltava a trás para os fintar de novo. O grande mago da pena, Carlos Drummond de Andrade, escreveu sobre Garrinha o seguinte:

Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.

|| J.

Zola

Zola acaba de ser anunciado como treinador do Watford. Aos 46 anos, Zola é conhecido, essencialmente, como avançado de classe mundial e um dos primeiros a trocar o futebol italiano pela liga inglesa. Zola estreou-se pelo Nápoles em 1989, convivendo com Careca, Maradona ou Ferrara. Marcou 32 vezes em mais de 100 partidas.
Foi em Parma, em 1993/1994, mais maduro que Zola explodiu, ao lado de Brolin, Asprilla ou Sensini. Fez 102 jogos e marcou 48 golos. Em 1996 juntou-se ao Chelsea e tornou-se no ídolo de Stamford Bridge. Vialli e Di Matteo eram seus companheiros de equipa e outros italianos brilharam na Premier na mesma altura que Zola, como Ravanelli no Boro ou Lombardo no Crystal Palace. Em 229 jogos, fez 55 golos ao lado de craques como Flo, Jimmy, Poyet ou Wise. Voltaria a Itália para marcar pelo Cagliari, 22 golos em 74 partidas.
Por Itália não fez grande coisa, jogando 35 vezes e marcado 10 golos.
A aventura londrina terá sido o seu ponto alto, conquistado o respeito inglês e fans em todo o mundo.

@ F.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Albertini

O médio defensivo com caraterísticas ofensivas não nasceu quando o jovem Pirlo, ex-Inter e Atalanta, começou a ser o vértice mais recuado do meio-campo do Milan de Ancelotti com Gattuso a fazer as vezes de recuperador.
Nasceu anos antes, no mesmo clube com Demetrio Albertini. Albertini foi o primeiro Pirlo. A recuperar bolas mas, principalmente a construir jogo de muito trás, a marcar grandes golos, a marcar livres e penaltys fora do comum. De 1989 a 2001 brilhou no Milan (um ano no Pádova pelo meio), nos anos de ouro da equipa rossonera, jogando ao lado de Baresi, Boban ou Savicevic. Com a camisa 4, o italiano agora com 40 anos, deslumbrou nos tempos em que o futebol italiano era grande e ele, era um dos melhores, ainda que discreto. Albertini passou ainda por Barcelona, Lazio,Atalanta e Atlético de Madrid mas os anos 90 foram os da sua glória.

@ F.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Weah

Quando era miúdo e George Weah estava no ativo, sonhava, de dia e de noite que, quando deixasse o Milan seria apresentado como reforço do Sporting. Nunca o foi mas é o meu jogador favorito de todos os tempos. Li a sua biografia na extinta e mítica revista Mundial (500 escudos todos os meses muito bem gastos) e gostei da história. Depois, vi alguns jogos e apaixonei-me. Nasceu em Monrovia, Libhéria há 45 anos e após dar nas vistas no seu país, saltou para a liga dos Camarões. Foi Arsene Wenger que o descobriu e o levou para o Mónaco onde jogou com Petir, Glenn Hoddle, Djorkaeff ou Rui Barros. Marcou 47 golos em 103 jogos. Seguiram-se 96 jogos e 32 golos com a camisola do PSG. Em 1995/1996 mudou-se para o Milan onde se tornou num dos melhores jogadores do mundo, brilhando ao lado de Maldini, Albertini, Boban ou Simone. Marcou 46 golos em 114 jogos. Ainda jogou no Chelsea, Manchester City, Marselha e Al Jazeera.

@ F.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Di Stefano

A pergunta é sempre a mesma. Qual o melhor jogador de todos os tempos? Seguida de duas hipóteses: Pelé ou Maradona. Pessoalmente, acrescento sempre a alínea C: Di Stefano. D. Alfredo nasceu em Buenos Aires há 86 anos (a 4 de julho, ou seja, hoje é dia de festa) e começou a dar nas vistas no River Plate de onde se transferiu para o Milionarios de Bogotá da Colômbia.
Em 1953 aterrou em Madrid onde defendeu as cores do Real durante onze anos e se tornou num monstro da modalidade. A Flecha Loira marcou 307 golos em quase 500 jogos com a camisola branca e, como a imagem acima, atesta, venceu 5 Ligas dos Campeões lado a lado com craques como Puskas, Del Sol ou Gento. Ainda jogou dois anos no Espanhol de Barcelona e foi treinador de várias equipas, chegado a treinar o Sporting, durante...dois meses.
Se não é o melhor, é, seguramente um dos melhores de sempre. Um monstro de técnica e classe.

@ F.

Pelé


Herói eterno. Jogador máximo. Símbolo de um desporto.

|| J.